Por: Carolina Cunha 

No decorrer da vida de muitas  mulheres, a menopausa segue como um período temido e, muitas vezes, pouco aprofundado, entre a sociedade.  Recentemente, por exemplo,  a internet se chocou com a notícia de que Claudia Raia anunciou  gravidez aos 55 anos. O assunto, então, entrou  em alta e, dentre os diversos questionamentos, muitas dúvidas, justamente, sobre a condição de engravidar durante o climatério.  

O período da menopausa tem como objetivo marcar o fim da reprodutividade da mulher. Com isso, os  hormônios estrogênio e progesterona não são mais reproduzidos. Devido ao  déficit de reprodução ocorre um impedimento na maturação do folículo ovariano em óvulo, pois sem é impossível a formação do embrião. 

Essa fase, que toda mulher passa, costuma ocorrer por volta dos 50 anos. Com a menor reprodução dos hormônios femininos, consequentemente a mulher passa a sentir alguns sintomas  como onda de calor, oscilações no humor e sono, suores noturnos, ressecamento vaginal, ciclo menstrual irregular e alguns outros. Assim explica a biomédica Tatiana Cordeiro.

Ela explica também o que pode ser feito para amenizar esses sintomas: “após a avaliação clínica, histórico de possíveis patologias e resultados dos exames laboratoriais em mãos, o médico poderá prescrever hormônios, alimentos e alteração no estilo de vida para minimizar os efeitos. Acredite, algumas mulheres passam por ela sem nenhum sintoma que “comprometa” o dia a dia dela”, revela. 

Em alguns casos, apesar de não serem comuns, mulheres engravidam por volta dos 40 anos, mas para isso é importante uma avaliação clínica antes de ocorrer a possível gestação. Mesmo quando a mulher ainda está nos 37 anos, em uma gravidez a probabilidade de gestação com anomalias cromossômicas, desenvolvimento de diabetes gestacional, hipertensão e parte prematura, são maiores. A biomédica ressalta um fator importante: “atualmente, muitas mulheres adiam a vontade de ser mãe e acabam congelando óvulos. Uma prática cada dia mais comum e acessível aos bolsos”, pondera. 

Do ponto de vista histórico, Tatiana Cordeiro lembra que, antigamente, a menopausa vinha acrescida do peso de uma  vida “finalizada”, pois a mulher não tinha mais a possibilidade de gerar uma vida em seu ventre. Era um período cercado de preconceitos, como realça a biomédica. 

Na época, as mulheres tinham vergonha de assumir seu estado fisiológico e abdicar de uma tratamento adequado. Hoje em dia, as mulheres encaram a menopausa como algo natural., é como apenas mais um ciclo da vida. Além da reposição hormonal, acompanhamento psicológico, mudança no estilo de vida, a mulher passou a ter mais confiança e melhor qualidade de vida. 

Para  a moradora do Buritis, Daniela Moura, de 51 anos, que vem passando por esse período,  um dos desafios da menopausa é o aumento de peso,  além do  ciclo menstrual irregular e unhas enfraquecidas. Foi durante esses sintomas que ela percebeu o início do climatério. Hoje em dia, as  ondas de calor têm sido um desafio.

“Fui na ginecologista e ela me confirmou que se tratam de sintomas da menopausa, mas não cheguei a sentir diferença em relação ao humor e à ansiedade”, pontua. 

Daniela também afirma não sentir necessidade de fazer reposição hormonal.