Por Ana Maria Rocha 

Os efeitos da pandemia, causada pelo novo coronavírus, enfatizaram a perda de postos de trabalho em todo Brasil. Em novembro 2020, a taxa de desemprego bateu um novo recorde, com 14 milhões de desempregados, 200 mil a mais do que no mês de outubro e 4 milhões a mais do que no mês de maio. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país alcançou a marca de 14,1% de desempregados no terceiro trimestre do ano passado.

DESIGUALDADE ENTRE GÊNEROS

O desemprego bate recordes sucessivos desde o mês de maio. Em meio a um cenário caótico provocado pela pandemia, pessoas passaram a buscar emprego em um contexto de isolamento social e medidas de flexibilização.

Para as mulheres, a taxa de desemprego é 39,4% superior à dos homens, enunciou o IBGE. O índice de desemprego entre as mulheres brasileiras alcançou a marca de 14,5% no primeiro trimestre de 2020, enquanto a taxa de desocupação de homens ficou em 10,4%.

A analista da Coordenação de Trabalho e Renda do IBGE, Adriana Beringuy, explica que a diferença entre homens e mulheres já foi maior, chegando a 64,5%.

FIM DO AUXÍLIO EMERGENCIAL 

Reprodução IBGE

VACINA PARA O TRABALHO

Adriana Calisto, comerciante do bairro Buritis, relatou que a pandemia afetou, principalmente, questões financeiras e emocionais. Segundo a comerciante, as adaptações para o funcionamento do comércio online não foram fáceis. Com o fechamento das atividades, comércios tiveram redução de 50% no quadro de funcionários.

Sobre a chegada da vacina, Adriana realça boas expectativas. “Tenho as melhores expectativas, pois creio que vamos poder trabalhar com mais liberdade”, comenta.

O comerciante Rômulo Beltort acredita que o fechamento das cidades e do comércio foi ruim para todos, principalmente para aqueles que fizeram dívidas. No dia a dia, o comerciante reforça que as ações precisaram de mudanças. “Quando surgem atendimentos externos, retiramos os calçados antes de adentramos nas casas e apartamentos”, observa.

Rômulo também reforça boas expectativas para a vacina. “Vacinar é preciso! Todos nós estamos com expectativas muito altas em relação à vacina para podermos voltar ao “novo normal”, afirma.