Por Isabela Santana

O temporal que atingiu Belo Horizonte na última terça-feira (28), deixou marcas de destruição, principalmente, na região Oeste, que continua sofrendo com os rastros da chuva durante toda a semana. Somente em janeiro, a regional recebeu cerca de 967,8mm de chuva, além de 111,2mm até 1h30 do dia 3 de fevereiro. O bairro Buritis foi um dos mais afetados, com registro de grandes estragos em suas vias principais. 

Moradores e comerciantes tiveram suas casas e comércios atingidos. Além disso, transitar pelo bairro se tornou uma missão difícil, uma vez que muitas vias foram obstruídas e asfaltos arrancados pela força da água. 

Gilmar Matias, proprietário da Lanchonete Super Nossa, localizada na Av. Mário Werneck, dentro do estacionamento do supermercado Super Nosso, teve seu comércio atingido no alagamento.  

“Minha situação é que tive a loja alagada. Quanto ao alagamento, todo ano temos, principalmente aqui no estacionamento do Super Nosso, devido à quantidade de chuva, que traz queda para o nosso comércio. A prefeitura tem feito um ótimo trabalho de prevenção, o problema é que foi muita chuva, a limpeza está meio devagar, mas eu entendo a situação”, disse Gilmar. 

 

(Vídeo divulgado no WhatsApp em grupo de moradores do Buritis. Autor desconhecido.)

RESTAURAÇÃO DAS RUAS

A BHTrans alertou que a Avenida Professor Mário Werneck, no sentido Avenida Barão Homem de Melo, e no encontro com a Avenida Engenheiro Carlos Goulart, são exemplos de pontos críticos da regional Oeste afetados pelas chuvas. Contudo, apesar dos grandes buracos, o trânsito está liberado.

Em nota para a nossa reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), informou que, neste primeiro momento, a prioridade é atender a população atingida, fazer a limpeza e desobstrução das vias e restabelecer a mobilidade da cidade.  

Na coletiva de imprensa da segunda-feira (03), o prefeito Alexandre Kalil afirmou que os recursos para as medidas emergenciais já estão assegurados no caixa da Prefeitura, que ainda receberá R$ 200 milhões do governo estadual e parte dos R$ 891 milhões disponibilizados pelo governo federal para cidades atingidas pelas chuvas em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

ISENÇÃO DE PAGAMENTO DAS CONTAS DE ÁGUA 

Na segunda-feira (03), o governo de Minas Gerais anunciou, por meio da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que imóveis residenciais, comerciais e prestadores de serviços essenciais, que foram atingidos de alguma forma pelas fortes chuvas de janeiro, terão isenção de pagamento das contas de água e esgoto. As condições variam de acordo com a situação de cada imóvel. Para saber mais, clique aqui

ATENÇÃO:

  • Serão beneficiados apenas imóveis pertencentes às categorias Social, Residencial e Comercial, exceto grandes usuários, nos municípios constantes dos decretos de emergência de número 35 e 38 de 2020 ou decretos que vierem a substituí-los.
  • O tamponamento (corte de abastecimento) e a religação dos imóveis que foram condenados não terão custo para o cliente.
  • Suspensão de débitos em atraso por dois meses, exceto para a categoria Social, que serão suspensos por quatro meses.
  • Os clientes não precisarão se deslocar até a agência no município, uma vez que a equipe da Copasa já está fazendo a avaliação e a listagem dos imóveis afetados.