Com o lançamento do aplicativo para caça das criaturas no Brasil, vários pontos da região estão sendo ocupados pelos jogadores

 

Por Welleson Mendes

 

Parques, padarias, faculdades, shoppings e até grafites nas paredes são alguns dos alvos de moradores do Buritis que decidiram se aventurar no jogo “Pokémon Go”. O aplicativo foi disponibilizado para os celulares brasileiros na quarta (3), pela desenvolvedora de softwares Niantic.

Aguardado com ansiedade pelos fãs do anime japonês “Pokémon”, o jogo já viralizou entre os brasileiros e conta com mais de 50 milhões de downloads.

A premissa do jogo é simples: dar aos jogadores o poder de capturar Pokémons na vida real, atendendo aos anseios dos amantes do desenho que, desde pequenos, esperavam viver aventuras no mundo fictício.

Através da realidade aumentada – projeções virtuais no mundo real – e da geolocalização, o jogo cria um ambiente baseado no mapa da região do jogador. À medida que o usuário caminha pelas ruas, o avatar se move e explora o ambiente ao redor, onde pode capturar Pokémons, aumentar suas habilidades, ganhar itens que o ajudarão durante o jogo e batalhar.

Muitos pontos do Buritis já são alvos dos novos treinadores Pokémon, espalhados em busca das criaturas. Mesmo com pouco tempo de lançamento, em uma volta pelo bairro é possível identificar vários usuários, orientados pelas pequenas telas e pela vontade de explorar a criação da Niantic. Diversos pontos ao redor da avenida Professor Mário Werneck servem para conseguir vantagens durante a caçada. Pokémons começam a aparecer, também, no Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH).

Um grupo de jogadores do bairro decidiu formar uma equipe de caça a Pokémons. Na entrevista, os jovens falam sobre a segurança de se jogar em grupo e sobre dicas.

 

 

Um dos diferenciais do jogo é que, de uma maneira interativa, ele promove a ocupação dos espaços públicos no bairro. Os pais que já visitavam o Parque Aggeo Pio Sobrinho, por exemplo, podem levar os filhos para se divertirem e procurarem Pokémons, numa interação direta entre o mundo físico e o virtual.

 

O grupo de jogadores promove caçadas aos monstrinhos no parque Aggeo Pio Sobrinho. Foto: Welleson Mendes

O grupo de jogadores promove caçadas aos monstrinhos no parque Aggeo Pio Sobrinho. Foto: Welleson Mendes

 

Mesmo com o calor recente dessa febre mundial, alguns cuidados devem ser tomados. Uma dica é não jogar próximo a áreas perigosas, devido ao risco de assalto. Já foram registrados casos de jogadores que perderam o aparelho celular durante o jogo.

Outra dica é sempre observar ao redor, principalmente ao atravessar ruas, passar perto de buracos ou caminhar no meio de multidões. Uma maneira de prevenir acidentes é guardar o celular em lugares movimentados e jogar em lugares tranquilos e seguros.

Além disso, não jogue enquanto dirige, devido ao risco de acidentes pela falta de atenção no trânsito.

 

Os Pokémons e a realidade aumentada

 

O anime “Pokémon” surgiu após a franquia de jogos de videogame da Nintendo, em 1995. Em 1997, a série foi exibida pela primeira vez em Tóquio, no Japão.

O desenho conta a história de Ash Ketchum, um garoto de dez anos que vive em um mundo povoado por criaturas denominadas Pokémon e parte de sua casa para realizar o sonho de se tornar um mestre Pokémon. Ash ganha Pikachu, um Pokémon que se torna seu fiel escudeiro, além de amigos e inimigos que o acompanham por sua jornada.

O título é uma abreviação da expressão Pocket Monsters que, na tradução literal, significa “Monstros de bolso”. Depois de enfraquecidos com batalhas, os Pokémons são capturados por pequenas esferas – as Pokebolas –, o que justifica o título.

Com a realidade aumentada, a Niantic consegue dar vida a um mundo que, antes, se limitava à imaginação de jovens que desejavam ser como Ash, em busca de um destino glorioso capturando Pokémons. A tecnologia permite a projeção dos monstrinhos no mundo real, tornando a caçada divertida e interativa e atraindo mais usuários para o aplicativo.

O jogo reúne os fãs antigos que, desde pequenos, esperavam pela chance de se tornarem treinadores Pokémon, e os novos espectadores que, estimulados pela realidade aumentada, começam a demonstrar interesse pela franquia.

 

Dicas para Pokémon Go

 

Para você que deseja se aventurar no mundo Pokémon, aqui vão algumas dicas que podem te ajudar em sua aventura:

  • Você pode conseguir o Pikachu. Para conseguir o Pikachu, o Pokémon protagonista do anime, basta rejeitar as opções de Pokémons ofertadas no início do jogo e caminhar um pouco. O Pikachu aparece depois de um tempo e pode ser capturado.
  • Colete todos os Pokémons disponíveis, mesmo que já os tenha. Os Pokémons possuem “Candy”, que são doces que aumentam o nível do Pokémon e, assim como Stardusts. Quanto mais, melhor.
  • Não evolua os Pokemós inicialmente. Durante o jogo, você irá adquirir Pokémons mais fortes. Vale a pena esperar e evoluir esses Pokémons, que possuem maior Combat Power (CP) e fazem a diferença nos combates disponíveis a partir do nível cinco.
  • Pokestops te darão Pokebolas. Se você está ficando sem Pokebolas e não quer gastar dinheiro comprando mais, pare em Pokestops – estruturas azuis no mapa – e recolha os itens que ele te dará.
  • Alguns Pokémons aparecem em lugares e horários específicos. Pokemós aquáticos, por exemplo, tendem a ser encontrados próximos a lagos e rios. Pokémons fantasmas costumam ser encontrados à noite.

Existem muitos artifícios a serem descobertos. O jogo é disponibilizado gratuitamente pela loja de aplicativos do celular. Basta atentar às especificações técnicas do aparelho para conseguir jogar.