Minas Gerais: entenda o contexto
Por William Araújo
Minas Gerais compreende a maior malha viária do Brasil, distribuída entre rodovias e vias urbanas. Dessas rodovias, quatro fazem integração entre as maiores cidades do país – todas de âmbito federal. São elas:
- – BR 381 (Fernão Dias) – Liga Belo Horizonte à cidade de São Paulo
- – BR 040 – Liga Brasília a Belo Horizonte, e Belo Horizonte ao Rio de Janeiro
- – BR 262 – Liga o Triângulo Mineiro a Belo Horizonte, e Belo Horizonte à Vitória (ES)
- – BR 356 – Liga Belo Horizonte ao norte do Rio de Janeiro
O Anel Rodoviário é o entroncamento de três dessas quatro rodovias, quando chegam em Belo Horizonte: BR 381, BR 040 e BR 262. Como elas convergem dentro da cidade e se unem em uma mesma via, o fluxo de veículos aumenta e juntamente, o risco de acidentes.
Segundo o novo relatório do Seds, no ano de 2014, houve 295.965 acidentes no estado de Minas Gerais. No ano de 2015, aconteceram 275.944 ocorrências, resultando em uma queda de 7,25%.
Desses acidentes, 34,07% desencadearam vítimas letais, lesionadas, graves ou inconscientes, enquanto 65,93% não vitimaram. Ainda, de acordo com o relatório, as Vias Urbanas (internas a municípios) foram responsáveis por 221.672 (80,33%) casos no ano de 2015. As Rodovias, vias de alta velocidade e que ultrapassam os limites de um município, abarcaram 36.166 (13,10%) incidências.
Outros locais, não enquadrados em nenhuma das características dispostas pelo código de trânsito, tiveram 18.106 (6,56%) acidentes.
O órgão público que mais atendeu ocorrências foi a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), que registrou 77,56% das incidências, enquanto a Delegacia Virtual (Site Delegacia Virtual) recebeu 15,19% e a Polícia Civil de Minas Gerais, 7,25%.
Até 2015, Minas Gerais possuía uma frota com 9.877.798 veículos, dos quais 55,09% são automóveis, 23,37% são motocicletas (veja os demais valores na tabela abaixo). Belo Horizonte significa 17,35% dessa frota.
O risco das motos
Apesar de existirem no estado menos motocicletas que automóveis, seus condutores foram os mais afetados nas ocorrências de trânsito. Os acidentes com motocicletas geraram 748 óbitos e 7.071 vítimas gravemente lesionadas – 48,31% de todos acidentes graves em Minas Gerais, ano passado.
A cada dez ocorrências envolvendo motocicletas, um motociclista, no mínimo, faleceu. Somando todos os veículos, foram 2.251 mortes, resultantes de 2.041 acidentes no ano passado.
A cada 35 minutos ocorre um acidente com vítima grave ou fatal em toda Minas Gerais.
O perfil de vítimas letais ou graves, em Minas Gerais, do início de 2014 ao fim de 2015, acusou maior intensidade entre as faixas etárias de 18 a 24 e 35 a 59 anos de idade. Além disso, o relatório indicou que o sexo que mais apresenta indivíduos envolvidos em acidentes continua sendo o masculino. Aproximadamente, para cada duas mulheres envolvidas em acidentes, oito homens participaram de incidentes.
Horários de concentração
Os horários tidos como mais perigosos nas vias de Minas Gerais estão contidos entre meio-dia e meia-noite, principalmente nas tardes dos finais de semana. Sábado e domingo somaram 38,41% de todos acidentes com vítimas fatais, graves ou inconscientes, de janeiro de 2014 a dezembro de 2015.
O mês de maio foi o que apresentou (e apresenta repetidas vezes) maior número de acidentes e vítimas do trânsito. Não coincidentemente, o mês é contemplado com a campanha educativa de conscientização do trânsito “Maio Amarelo”. O Interesse do movimento é sensibilizar as pessoas para um trânsito mais humano, expressando essa atitude com o uso de um fitilho amarelo como representação.
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