Por Arthur Scafutto e Ney Felipe

O reduto para moradores em situação de rua que estava localizado na Av. Barão Homem de Melo pegou fogo na noite do último domingo (24) e mobilizou Corpo de Bombeiros e Polícia Civil. A acomodação foi erguida por quatro “sem tetos” e, por ficar debaixo de um pé de mangueira, ganhou o apelido de “Casa da Árvore”.

Segundo a Secretaria de Políticas Sociais da PBH, foi oferecido abrigo provisório aos moradores no dia 13 de setembro, mas apenas um aceitou a oferta.

Populares e transeuntes que passavam pela avenida, sensibilizados pelo incidente, se reuniram em prol da “Casa da Árvore” e tentam uma alternativa junto à Prefeitura de Belo Horizonte para manter a memória do local.

Doações chegam a todo instante e, segundo a psicóloga Neyde Pacheco, do coletivo 1207, há um projeto dos moradores para tornar a “Casa da Árvore” em um ponto cultural com a finalidade de reduzir os danos causados pelo uso de drogas.

Ainda, segundo Neyde, houve reunião na última quarta-feira (27) com a Secretaria de Cultura, Secretaria de Desenvolvimento Social, Secretaria de Regulação Urbana e com o vice-prefeito Paulo Lamac para averiguar a situação do local. Chegou-se à conclusão da necessidade de minúcia no caso, com o objetivo de tornar a “Casa na Árvore”, de fato, um ponto cultural.

Klinger Douglas, ex-morador da casa e idealizador do projeto, acredita na revitalização do reduto para que continue existindo como uma biblioteca comunitária.

Acerca do incêndio, não há confirmação, até então, das origens do incêndio.

Doações dos moradores à "Casa da Árvore" - foto: Ney Felipe

Doações dos moradores à “Casa da Árvore” – foto: Ney Felipe

Livros em doação na "Casa da Árvore" - foto: Ney Felipe

Livros em doação na “Casa da Árvore” – foto: Ney Felipe